Descrita e projetada de tantas formas, a mulher, que tal como os outros seres humanos se distingue dos outros animais pelo seu desenvolvimento intelectual e faculdade de linguagem verbal, e que se distingue do homem pela capacidade de engravidar, é oficialmente homenageada todos os anos, a 8 de Março.
Decretada pela Organização das Nações Unidas em 1975, esta data simboliza a luta histórica das mulheres em busca da igualdade de direitos. Esta luta, que foi necessária no passado para obter o direito ao voto ou à igualdade salarial, entre tantos outros, continua a mostrar-se necessária, não só no contexto das relações individuais que envolvem abusos contra as mulheres, como nas relações sociais, onde tantas vezes a mulher tem que provar mais do que o homem para obter o mesmo respeito e oportunidades.
Uma data destas relembra o esforço que foi necessário para chegar à condição atual, na qual, seja do agrado de todos ou não, a mulher já tem uma voz em todas as esferas da sociedade. No entanto, mais do que relembrar aquilo que foi feito, é necessário relembrar e refletir onde é que ainda não existe igualdade de respeito, onde é que esse respeito ainda não chegou.
Se as musas da mitologia grega eram fontes de inspiração nas artes ou ciências e cantadas em versos e prosa, as mulheres da Grécia Antiga não podiam participar dos debates públicos e políticos.
Se em 1979 se adotou a «Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher», nas décadas seguintes a discriminação salarial, a desigual atribuição do trabalho não pago e a maior vulnerabilidade das mulheres à violência não desapareceu.
Se em 2021 as Nações Unidas trabalham para a agenda 2030 que tem como quinto objetivo de desenvolvimento sustentável acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte, neste mesmo ano, uma em cada três mulheres são vítimas de agressão física ou sexual. Neste mesmo ano os salários das mulheres continuam a ser, em média, 13% inferiores aos dos homens. Neste mesmo ano, surgem cada vez mais relatos de mulheres que confessam ter que agir como homens ou ter que largar características femininas para poderem chegar a cargos de chefia, mesmo que satisfaçam a qualidade de trabalho necessária para o efeito.
Em casos como este último recorre-se muitas vezes a uma das aplicações da hipnoterapia ou hipnose clínica, que é o alto desempenho. O alto desempenho (também designado por alta performance) é conseguido quando o indivíduo põe em prática um conjunto de comportamentos que resultam de um estado interno de alta confiança, após o desbloqueamento de crenças limitantes e potenciação de determinados recursos internos. A hipnoterapia é assim uma ferramenta de empoderamento do indivíduo, que facilita frequentemente o processo de empoderamento de mulheres.